Comemoração dos fiéis defuntos



Por Máxemo de Jesus dos Santos
Hoje, 02 de novembro de 2018, uma corrente de oração se formam nos cemitérios  do  mundo   inteiro     para   rezar   de   forma   especial   em   intenção   aos falecidos. Esta prática de oração pelos mortos esteve em uso entre os cristãos desde tempos alhures. A eficácia da Oração em intenção das almas dos fiéis defuntos que padecem no purgatório torna-se um passo mais rápido de purificação de seus pecados. 

Segundo Santo Agostinho, “os cristãos rezavam por todos os defuntos, coma intenção de que aqueles que não tinham deixado na terra nem parentes nem filhos nem amigos, não ficassem, todavia abandonados”. Este gesto singelo, expressa a bondade da Igreja que é a Mãe de todos os fiéis.

Foi o abade de Cluny, Santo Odilon, quem decidiu que, do mesmo modo que era celebrada em toda a Terra nas calendas de Novembro a festa de todos santos, assim houvesse nos Mosteios clunienses a comemoração de todos os fiéis defuntos desde o começo até o fim. Os seus biógrafos, Jotsado e S. Pedro Damião, contam que um peregrino da aquitânia voltando da Terra Santa tinha encontrada um eremita que, ao saber de sua nacionalidade, lhe entregara um recado para Odilo: o heremita ouvira os demônios queixarem-se de suas almas lhes serem arrebatadas pelas orações dos clunienses. Esta notícia, ao que se diz, incitou o abade de Cluny a multiplicar os sufrágios pelos mortos.

 Neste, dia Santo, quando visitamos os cemitérios, os túmulos de nossos pais, irmãos, parentes e amigos falecidos para acendermos velas é um momento forte de recordarmos com saudade a memória de nossos mortos. É neste momento que descobrimos que a perda transforma-se em saudade e, no clima de saudade descobrimos um novo tipo de presença: “A presença pelo modo da ausência”.

Ao visitar um cemitério, não nos esqueçamos de rezar por todos os que esperam a Ressurreição final. Nós segundo o Catecismo da Igreja Católica: “Aqueles que morrem na graça e amizade de Deus, mas não estão  completamente purificados, embora  tenham garantida   a   salvação   eterna,   passam,   após   sua   morte,   por   uma   purificação”. Nesse sentido a  fim de obterem a santidade necessária para entrarem na alegria do céu. A esse lugar, a Igreja dá o nome de Purgatório. No contexto bíblico no livro segundo Macabeus capítulo 12 e versículo 46 deixam bem claro quando nos exorta: “é um pensamento santo e salutar rezar pelos defuntos para que sejam livres de seus pecados”, com essa  citação  bíblica nos adverte   que  devemos venerar com grande piedade a memória dos defuntos e oferecer sufrágio por eles. Por isso, mandamos celebrar missas pelas pessoas falecidas. Quando entrarmos na eternidade elas nos reconhecerão e nos agradecerão, na alegre presença do Senhor.   Quanto   tempo   dura   esta   situação   existencial.   Neste   caso   torna-se segredo da eternidade de Deus.

Por fim, para os católicos, o Dia de Finados não é um dia de tristeza, mas é um  dia de   recordação,   confortada   pela      que   nos   garante   que   o   nosso relacionamento com as almas dos que já partiram não está interrompida pela morte, mas estar sempre vivo e atuante pela oração do sufrágio. O dia de hoje deve ser, para nós , um eficaz desejo para refletirmos sobre o sentido e a brevidade da vida presente, ajudando-nos assim a preparar-nos para o inevitável momento da morte

Homilia / Pároco da Paroquia Nossa Senhora de Guadalupe em Paço do Lumiar/ MA. 
E-mail: maxemodejesus@Yahoo.com.br

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