2ª DOMINGO DA QUARESMA ANO C



 Por Máxemo de Jesus 
Meus queridos Irmãos, vamos entrando na segunda semana de nosso retiro anual de preparação para a Páscoa. A liturgia de hoje nos convida para subirmos a montanha para sermos transfigurados com o Cristo.

A Primeira Leitura (Gn 15,5-12.17-18) nos apresenta a Aliança de Javé com Abraão. O Deus de Abraão anda com ele, promete-lhe descendência e terra, e Abraão lhe dá fé. Mas o cumprimento se faz esperar. Abraão pede um sinal. O sinal é a aliança, um pacto selado pela passagem de Javé (em forma de fogo) no meio de duas metades do animal sacrificado. Abraão abandona as certezas humanas e confia seu futuro a Deus. Sua fé é a esperança.

Meus irmãos, o Evangelho de hoje (Lc 9,28b-36) é chamado da TRANSFIGURAÇÃO. Está intimamente ligado a paixão e a morte do Senhor Jesus. A transfiguração demonstra duas atitudes: uma de afastar do coração dos Apóstolos o desespero diante da humilhação da cruz e outra como sinal de esperança. Cristo que se dignou a assumir a nossa humanidade, exceto o pecado, nos lembra que mesmo dentro de nossa miséria e de nosso sofrimento, se seguirmos os ditames deixados por Jesus, seremos elevados a um destino glorioso e divino.

Três são os apóstolos presentes na Transfiguração: Tiago, João e Pedro, o chefe do futuro Colégio Apostólico. Estes três apóstolos serão as testemunhas da Paixão da Ressurreição.
Jesus sobe ao monte Tabor para rezar! Jesus sobe para rezar para nos convidar também para rezar. Qual é o monte de hoje? É um lugar da criatura encontrar-se com seu Criador, longe do barulho, longe da planície, que é símbolo do ramerrão da vida cotidiana. Se hoje o Cristo manifesta a sua divindade em seu corpo humano, ele o faz na mais alta e bela montanha da Galileia, isto é, num lugar sagrado em que, na imaginação do povo, seria possível se unirem o céu e a terra e Deus se manifestar.

Estimados Irmãos, o monte é símbolo da oração e da partilha. O pai pede para escutar o que o seu “Escolhido” tem a nos dizer. Revelando a sua identidade, ou seja, a sua divindade e o seu destino como Redentor, a transfiguração, também, revela o nosso próprio destino: sermos transfigurados! Por isso este Evangelho lido sempre no segundo domingo da quaresma nos convida a percorrer o caminho com Jesus para Jerusalém, para a paixão e a morte. Jesus hoje nos ensina que devemos estar sempre perto da divindade, de Deus.  Todos somos convidados a nos envolver pelo mistério de Cristo, Filho do Deus Salvador, que se revela a nós.

Porque Jesus precisa de rezar? Sem dúvida, para dizer que a oração envolve todos os principais passos da vida humana e para mostrar que todo o mistério de Jesus se desenvolve em clima de oração. Para tudo Jesus reza e esta deve ser a atitude de todos os cristãos. E, lembre-se, de que enquanto os três apóstolos dormiam Jesus estava vigilante, porque a advertência já veio: Vigiai, porque não sabeis nem o dia e nem a hora! Jesus nos ensina que é preciso ter a consciência acordada para poder entender como é possível o Deus da vida morrer, como é possível que o Cristo faça brotar da morte uma vida nova e eterna.

Na segunda leitura (Fl 3,17-4,1), São Paulo anuncia que Cristo nos há de transfigurar conforme a sua existência gloriosa. Todos nós somos chamados a sermos filhos de Deus. Nosso destino verdadeiro é a glória que Deus nos quer dar.

Confiemos, pois, na misericórdia de Deus e nos coloquemos na oração contemplativa para que transfiguremos com Cristo e possamos ver a sua luz, ou seja, o seu corpo glorioso. Esta experiência de Tabor vivenciamos nesta missa. Toda missa é Tabor! Toda missa ilumina e fortifica a nossa caminhada de cristão. Amém

Homilia / Pároco da Paroquia Nossa Senhora de Guadalupe em Paço do Lumiar/ MA. 
E-mail: maxemodejesus@Yahoo.com.br


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