4ª DOMINGO DA QUARESMA ANO C


Por Máxemo de Jesus 
Meus queridos Irmãos, estamos caminhando na nossa Quaresma. Quarenta dias de penitência, de jejum, de esmola e de conversão. Uma incessante mudança de vida que todos nós somos convidados a colocar em prática em nossa caminhada de fé e de caridade. Celebramos neste domingo o chamado domingo LAETARE, dia das rosas em Roma e dia de alegria no meio da penitência que dá a nota deste tempo forte de conversão e mudança de vida.
Porque nós devemos fazer penitência? Para nos alegrarmos com a misericórdia e a acolhida que vem de Deus. É o que fala o Evangelho de hoje, a alegria do Pai ao encontrar o filho pródigo, dando-lhe a túnica nova, renovando-o com o anel da realeza, determinando a festa com o novilho e iguarias e, mais do que tudo isso, o anúncio de que aquele que estava no pecado encontrou a graça.
Caros irmãos, o livro de Josué narra a entrada e a instalação do Povo de Deus na Terra Prometida. O texto bíblico apresenta a tomada de posse da Terra como um passeio triunfal do Povo com Deus à frente, os autores deuteronomistas vão sublinhar a ação maravilhosa de Jahwéh que, através do seu poder, cumpre as promessas feitas aos antepassados e entrega a Terra Prometida ao seu Povo.
A Primeira Leitura (cf. Js 5,9a.10-12) nos apresenta os israelistas que alimentam-se com pão novo, da Terra Prometida. Entrar na Terra Prometida foi mais do que uma façanha militar; foi a entrada na vocação específica do “povo de Deus”. O tempo anterior era escravidão, vergonha (5,9). Agora começa uma realidade nova, celebrada pelo pão novo(ázimo): os israelitas recebem a pátria prometida aos pais e viverão nela enquanto ficarem fiéis ao Deus da Promessa. Alimentar-se com o trigo de Canaã é um sinal da eficácia da Aliança.
Caríssimos irmãos, ainda no evangelho tem uma atitude de acolher os pecadores (Lc 15,1-3.11-32). Jesus vai na casa dos pecadores. Jesus conversa com os pecadores. Jesus toma refeição na casa dos pecadores. Na parábola do filho pródigo há pessoas que estão presentes no teatro da salvação e que devem ser consideradas. Em primeiro lugar os publicanos. Quem eram os publicanos? Os publicanos eram os cobradores de impostos. Todos deveriam pagar pesados impostos para o Governo que, por conseguinte, os repassava para o Governo Central de Roma. Em segundo lugar havia os fariseus. Quem eram os fariseus? Os fariseus eram a elite religiosa de verniz direitista. Estudavam as leis de Moisés e as tradições e procuravam cumprí-las rigorosamente. Os fariseus eram inimigos dos SADUCEUS, classe sacerdotal de Anãs e Caifás que mandarão, mais tarde, Jesus para Pilatos e Herodes. A terceira categoria de pessoas que são encontradas no Evangelho são os escribas. Quem eram os escribas? Os escribas eram os doutores da Lei ou legisperitos. Eram os entendidos da lei, ou seja, os advogados do tempo, em questões civis e, particularmente, em questões religiosas. Por último temos mais uma classe, os pecadores. Quem eram os pecadores? Os pecadores era a maior classe. Era o povão, os pescadores, curtidores de couros etc. Jesus escolheu pecadores públicos para serem os seus discípulos, ou seja, os seus preferidos: Pedro e André, Tiago e João. E, mais do que isso, Mateus era publicano, ou seja, cobrador de impostos.
Portanto, o que importa é reconhecer que tudo é dom de Deus. O fato de uma pessoa viver como cristão, fazendo o bem, não pode leva-la a excluir a ninguém. Pelo contrário, somos convidados a participar da festa da bondade de Deus.
Homilia / Pároco da Paroquia Nossa Senhora de Guadalupe em Paço do Lumiar/ MA. 
E-mail: maxemodejesus@Yahoo.com.br


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