DOMINGO DE RAMOS – C



Por Máxemo de Jesus 

Meus queridos Irmãos, a Semana Maior, da Paixão e Morte do Senhor Jesus, começa neste domingo, chamado Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, que une ao mesmo tempo o anúncio da Paixão e da Vitória de Cristo pela sua Morte e Ressurreição. Somos convidados a caminhar com Jesus: a procissão que comemora a entrada messiânica de Jesus em Jerusalém tem um caráter eminentemente festivo e, mais do que isso, popular. A participação na procissão é importante neste domingo.

Caros irmãos, a primeira leitura da missa de hoje nos apresenta o Livro de Isaías ( Is 50, 4-7). No livro do Deutero-Isaías (Is 40-55), encontramos quatro poemas que se destacam do resto do texto (cf. Is 42,1-9;49,1-13;50,4-11;52,13-53,12). Apresentam-nos uma figura enigmática de um “servo de Jahwéh”, que recebeu de Deus uma missão. Essa missão tem a ver com a Palavra de Deus e tem caráter universal; concretiza-se no sofrimento, na dor e no abandono incondicional à Palavra e aos projetos de Deus.
A segunda leitura desta celebração nos apresenta a Carta de São Paulo aos Filipenses ( Fl 2,6-11). A cidade de Filipos era uma cidade próspera, com uma população constituída maioritariamente por veteranos romanos do exército. Organizada à maneira de Roma, estava fora da jurisdição dos governantes das províncias locais e dependia diretamente do imperador; por isso gozava, dos mesmos privilégios das cidades da Itália. A comunidade cristã, fundada por São Paulo, era uma comunidade entusiasta, generosa, comprometida, sempre atenta às necessidades de Paulo e do resto da Igreja (como no caso da coleta em favor da Igreja de Jerusalém – cf. 2 Cor 8,1-5), por quem Paulo nutria um afeto especial. Apesar destes sinais positivos, não era, no entanto, uma comunidade perfeita.

Queridos Irmãos, celebramos hoje o mistério pascal. Doce Esperança da ressurreição inaugurada pelo evento paixão, morte e ressurreição do Senhor Jesus. É o centro de nossa fé e da vida de Jesus. Evangelho que nasce da Paixão Redentora e do Túmulo Vazio pela Ressurreição. A paixão, a morte e a ressurreição são três eventos distintos que se unem, porque são inseparáveis. Jesus não acabou com a sua morte no calvário. Jesus venceu os infernos e a morte e anunciou a vida eterna, a esperança que se tornou realidade com a sua ressurreição. Lucas, unicamente, é o evangelista que no relato da paixão nos informa o episódio do bom ladrão – Lc 23,40-43 – e do envio de Jesus a Herodes – Lc 23,6-12. A São Lucas não interessa apenas o fato, mas também o sentido eclesial que o fato carrega. O fato, então, toma força de um símbolo dentro da história da salvação. Herodes, por exemplo, torna-se a imagem dos que se interessam falsamente por Jesus. Não se interessam pela salvação que ele traz com sua doutrina, mas pela sua curiosidade dos milagres ou pelas vantagens da promoção social.No bom ladrão estamos todos nós incluídos. É na morte de Jesus que encontramos o perdão e a doce salvação. É a morte de Jesus que abre as portas do céu. Ninguém merece a salvação. A salvação nos vem pela misericórdia divina.

Irmãos e Irmãs, quem foi Pilatos? Nas províncias conquistadas pela opressão do Império Romano eram nomeados procuradores para governá-las. Pôncio Pilatos foi governador da Judéia e da Samaria entre os anos 26 e 36. Enquanto os Evangelhos nos fornecem uma imagem relativamente boa de Pilatos, apesar de haver condenado Jesus à morte, os escritores profanos do tempo pintam-no como um homem violento, corrupto, intolerante, cruel e assassino. Nada se sabe o que aconteceu com Pilatos depois de seu tempo de procurador Romano na Judéia e na Samaria. Não se sabe se ele se suicidou ou se ele foi assassinado, ou se mesmo tornou-se cristão.

Quem foi Herodes? O Herodes da Paixão é Herodes Antipas, filho mais novo de Herodes Magno aquele que mandou matar as crianças. Herodes Antipas governava a Galiléia e a Peréia. O povo o chamava de rei, embora também ele estivesse sujeito a Roma. Enquanto Pilatos hostilizava os hebreus, Herodes procurava ser amigo deles. Por isso Pilatos e Herodes não se davam, porque Pilatos não gostava dos hebreus.

Quem eram os Anciãos do Povo?  Eram os chamados notáveis da cidade. Eram membros do Sinédrio, uma espécie de senado.  Ao Sinédrio cabia os poderes religiosos e alguns poderes civis. Algumas deliberações, como mandar matar alguém, deveria ter a autorização do procurador romano, no caso, Pôncio Pilatos.

Vivamos as notas da quaresma que nos fortifica para cantar o Aleluia da Ressurreição: a esmola, o jejum e a penitência. Amém!

Homilia / Pároco da Paroquia Nossa Senhora de Guadalupe em Paço do Lumiar/ MA. 
E-mail: maxemodejesus@Yahoo.com.br

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